O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos Ayres Britto, anunciou hoje que em oito anos o cadastro nacional de eleitores poderá ser totalmente biométrico. Por meio desse sistema, o eleitor é identificado na urna eletrônica pela sua digital. Segundo o TSE, uma experiência feita na eleição de domingo nos municípios de São João Batista (SC), Colorado D'Oeste (RO) e Fátima do Sul (MS) concluiu que esse tipo de identificação é eficaz, inclusive em áreas rurais, onde os eleitores costumam modificar sua impressões digitais por causa do trabalho no campo.
Para testar o sistema, o TSE escolhe três cidades onde há predominância de eleitores que trabalham no campo. De acordo com informações do secretário de tecnologia da informação do TSE, Giuseppe Dutra Janino, apenas em 0,5% dos casos a urna biométrica não reconheceu as digitais do eleitor. Ele disse que esse índice baixo ocorreu porque foram cadastradas as digitais de todos os dedos dos eleitores. No caso de o sistema não identificar o polegar, por exemplo, tenta-se a identificação pelos outros dedos da mão. Se nenhuma das digitais for reconhecida, o eleitor pode votar depois de mostrar um documento original com foto. Posteriormente, ele deverá convocado pela Justiça Eleitoral para cadastrar novas digitais.
De acordo com informações do TSE, uma urna com esse equipamento custa cerca de US$ 700. Com a implementação do sistema biométrico de votação, o TSE espera impedir que uma pessoa vote pela outra. Esse é o ponto que ainda é considerado vulnerável no sistema eleitoral brasileiro. Pelas regras atuais, em tese é possível uma pessoa votar no lugar de outra. Atualmente, para se identificar no local de votação, basta que o eleitor apresente o seu título, que é um documento sem foto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário